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Antenas espanholas sob controlo
quinta-feira, 01 agosto, 2002 /

Esta decisão vem no seguimento de há umas semanas atrás ter-se descoberto quatro casos de cancro em alunos de uma escola em Valladolid, cujo edifício estava a 40 metros de um outro onde se encontravam 30 antenas difusoras de rede GSM. Estes casos só foram a confirmação dos sintomas que já suspeitavam ter-se verificado nas crianças. Casos que levaram, por ordem de um tribunal local, a desmantelar o parque de antenas.
Apesar de não ter havido nenhum relatório médico que interligasse as antenas aos casos de cancro (relação causa - efeito), o certo é que a mobilização dos pais dos alunos, em recusar enviar os seus filhos à escola sob aquelas condições, ditou um desfecho mais que previsível.
Recorde-se que, concretamente, ainda não foi provado que possa existir alguma relação entre as ondas electromagnéticas e riscos para a saúde pública, mas o contrário também não foi, ainda, provado. A OMS (Organização Mundial de Saúde) só no ano passado decidiu, oficialmente, começar a investigar de forma mais aprofundada este tipo de relação (telemóveis - saúde humana), não só nas radiações emitidas pelas antenas como pelos próprios telefones celulares.
Mas um estudo desta magnitude, leva o seu tempo a concluir. Aliás, o prazo mínimo para avaliar o impacto das radiações na saúde pública é, no mínimo, de quatro anos. Até lá, ficamos todos na dúvida.

Pedro Figueiredo